segunda-feira, janeiro 17, 2011

Uma harmónica no meio do jazz

Foi no espaço SOU, em Lisboa:

http://www.youtube.com/watch?v=a0dl5ueTjoM&feature=player_embedded

SENTIMENTOS DE UM TUNISINO

Tomo a liberdade de transcrever aqui um mail de um tunisino conhecido meu a quem perguntei ontem como estava. Para além do ingles cómico, sente-se um nervosismo e excitação que impressionam e que fazem lembrar outros tempos aqui no burgo:


" Hello my friend Francisco!

Really, your mail in this time come to increase and accomplish my full hapyness. All killed man is due to the groups of the Dictator ben ali that he did as Saddam Husein did with his people. Yes, Its true that the current situation in Tunisia is very hard and completely perturbed not due to the trouble and the violence but due to Disturbed situation resulting from the terroriste group remind by this Dictator. Now all people need to follow this dictator and his terrorist troup until the end of this bed senario created by them. Now, peaople and young univeristies Diplama are free and they obtained difinitively their freedom and the dictator are goingout as a first step, the second step is to eliminate all his groups and the final step is to create a free social with all kind of deepned freedom. Usually, Tunisia is the best in Arabic countries and it remind but today without any Dictator. Tunisia is free, Tunisia is free, Tunisia is free.


We leave today the true freedom as they live all others free Nations. Thanks a lot Dr Moreira for your support moral, please be in touch and convey my peaces to Moreira Family. Have a nice day. "

quinta-feira, julho 30, 2009

Um ano de bicicleta em Lisboa

E pronto! Parece que foi ontem mas já passou 1 ano! Com a minha Trek 3700 (passo a publicidade, mas parece-me que foi uma boa opção aconselhada pelo pessoal da biclas.com), andei na cidade de Lisboa nos últimos 365 dias. Não andei todos os dias, nem sequer tenho uma estimativa do número de dias em que andei. Mas foram bastantes (talvez 25 a 40% das deslocações). Sobretudo de casa (Almirante Reis) para o trabalho (Tapada da Ajuda), 8 km para cada lado. Mas também de casa para o Campo Grande, e regresso. E de casa para o dentista (Camões) e regresso. E outras deslocações...

No total, 1750 km. Para estimar o equivalente em carro devo ter de acrescentar uns 10% a esta distância. Só em combustível, o que poupei praticamente pagou o investimento na "poderosa".

Acidentes: zero. Furos de pneus: zero. Grandes sustos: zero.

Os principais problemas: 1. os carris dos elétricos, que são traiçoeiros... 2. alguns apertos com carros, que fui evitando há medida que ganhei experiência e me pus mais no meio da via, para evitar que me passassem razantes.

Lanço o repto a outros amantes de bicicletas: Deixem o carro, juntem-se a nós.

A comemorar este aniversário, uma prenda: uma ciclovia desde o Cais do Sodré, que passarei a utilizar até Alcântara.

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domingo, março 22, 2009

Digamos assim

Eh pá, poupem-me !.. Que é como quem diz, não me agastem ao obrigar-me a ouvir diariamente a mesma coisa. Já repararam nesta mania do “digamos assim”? Os jornalistas nos directos da televisão, os políticos, os desportistas... E eu a ver se resisto, se me controlo, se não me foge a boca para o disparate, por sujeição constante à asneira. “O criminoso conseguiu escapar, digamos assim, às forças policiais”. PORQUÊ ?!!!! Porquê “digamos assim” ? Uma desculpabilização constante do falar mau português? Um não querer assumir de forma clara qualquer responsabilidade? Ou simplesmente uma estúpida mania ? Se o desgraçado escapou, porque é que não utilizamos a palavra?!! Será porque no fundo, no fundo, a jornalista queria dizer “o tipo enfiou-se por ruas e ruelas, deitando abaixo bancadas de frutas e legumes, quase atropelando 2 galinhas e um bébé que brincava na rua” ?! Outra: “Foi impossível chegar à fala, digamos assim, com o arguido”. COMO?! Do género “abrir os lábios e emitir sons, e esperar que o arguido faça o mesmo” ?! Poupem-me! Onde é que isto vai parar? Alguém pare esta gente! SOCORRO!

Deixem a lingua portuguesa em paz, digamos assim.. se faz favor!

terça-feira, fevereiro 03, 2009

1000 km de bicicleta

A marca foi ultrapassada ontem. Desde Julho do ano passado, eu e a minha burra ("A Poderosa"), com os seus alforges, a bicicletar pelas ruas de Lisboa. A subir e descer a Tapada da Ajuda, a gozar a vista do rio, a sofrer os abanões da calçada lisboeta, a olhar pelo canto do olho a ver se vem o eléctrico, a passar pela rua do Benformoso (outro mundo!) e pelo largo do Intendente, onde as meninas sorriem mas já não se metem comigo. Tudo correu bem até agora. Gostava que houvesse mais ciclistas na cidade, gostava de não andar sempre sozinho.

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quinta-feira, janeiro 22, 2009

Branco e Negro

No mesmo dia. 19 de Janeiro.

Branco de manhã, a neve à saída de Vila Real no regresso a Lisboa. A Serra de Montemuro com um manto branco e eu devagarinho na estrada, tracção às quatro metida, a ver se não ficava no caminho. Gosto de neve.

Negro ao fim do dia, Obama é Presidente da América, o que fará não sei, mas o Mundo está contente hoje. Eu também.

domingo, outubro 19, 2008

A minha bicicleta nova

Desde Junho percorro as ruas de Lisboa com ela. Através da Bé descobri este poema de Alexandre O'Neill, um grande elogio à bicicleta e uma mordaz crítica ao automóvel. Para ler e reler, ora leiam:



ELOGIO BARROCO DA BICICLETA



Redescubro, contigo, o pedalar eufórico
pelo caminho que a seu tempo se desdobra,
reolhando os beirais - eu que era um teórico do ar livre - e revendo o passarame à obra.

Avivento, contigo, o coração, já lânguido
das quatro soníferas redondas almofadas
sobre as quais me entangui e bocejei, num trânsito
de corpos em corrida, mas de almas paradas.

Ó ágil e frágil bicicleta andarilha,
Ó tubular engonço, ó vaca e andorinha,
Ó menina travessa da escola fugida,
Ó possuída brincadeira, ó querida filha,


dá-me as asas - trrrim! trrrim! - pra que eu possa traçar
no quotidiano asfalto um oito exemplar !

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domingo, agosto 31, 2008

Más ideias

O rabirruivo não gostava de cor do rabo. Decidiu pedir ajuda ao gaio, que era esperto e desenrascado. Este roubou um pincel, que mergulhou numa tinta da cor pretendida, e pintou o rabo do rabirruivo. A partir desse momento, este ficou conhecido naquela floresta como rabirroxo.
Quem não ficou nada contente foi o pintarroxo, que gostava de ter o exclusivo dessa cor. Porque queria continuar a ser diferente de todos os outros animais, pediu ao gaio que lhe substituísse a pinta por um desenho. O gaio desenhou-lhe um figo no peito. E a partir daí, o pintarroxo ficou conhecido como pintafigo.
Quem não ficou nada contente foi o papa-figos, que gostava de ter o exclusivo desse fruto. Foi ter com o gaio, dizendo-lhe que queria mudar de nome. Este avisou-o que, excluindo moscas, amoras e léguas, ele podia papar qualquer outra coisa. “Então, a partir de agora podem chamar-me papa-sonhos”, disse o papa-figos, orgulhoso.
Para exibirem o seu modo diferente de existência, o rabirroxo, o pinta-figo e o papa-sonhos foram dar um voo juntos até à floresta mais próxima. A primeira ave que encontraram foi um pica-pau. “Olá amigo pica-pau, como estás?” perguntou o rabirroxo. “Pica-pau?! Eu não sou um pica-pau, sou um pica-espinhas! Não sabem que todos os animais estão a mudar de nome?” respondeu o pica-pau enquanto exibia uma espinha de peixe pendurada no cocuruto da cabeça. “E tu, rabirruivo, porque tens o rabo pintado de roxo?” continuou. Nesse momento, o rabirroxo, o pinta-figo e o papa-sonhos entreolharam-se em silêncio. Perceberam que aquela não tinha sido uma boa ideia...